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Médica infectologista, Zenaide elogia vacina gratuita contra dengue, mas diz que população precisa eliminar focos de água parada

Uma pessoa com uma seringa na mão faz aplicação de vacina numa outra pessoa. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. Médica infectologista, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) elogia a nova vacina gratuita contra dengue, mas ressalta necessidade de a população continuar a fazer sua parte eliminando focos de água parada.

“A vacinação gratuita contra a dengue no Brasil é mais uma vitória da ciência em favor da vida! O ministério da Saúde oferece o imunizante já a partir de fevereiro. Política pública de saúde exige comprometimento das autoridades. Como médica infectologista, parabenizo a ministra Nísia Trindade e o governo Lula por essa iniciativa. Sabemos que a dengue é uma doença que pode levar à morte”, afirma Zenaide.

Foto Igor Evangelista-Ministério da Saúde

Para a senadora, o ministério da Saúde e os órgãos de vigilância sanitária precisam continuar com as campanhas nacionais de conscientização e de orientação sobre como eliminar água parada em vasos de plantas e outros focos de criação do mosquito Aedes Aegypti, que transmite não só a dengue, mas também Zika Vírus, Chikungunya e febre amarela.

“Não podemos negligenciar nossa obrigação de combater os criadouros do Aedes Aegypti. Você, aí de casa, tem que cuidar de seu quintal! Atenção, mães e pais! Sabemos que o Aedes Aegypti é o inimigo e que ele se reproduz em água parada. O foco da dengue em grande maioria está dentro de residências. O fato de termos vacina é um ganho maravilhoso, mas o combate ao mosquito tem que continuar”, alerta a parlamentar.

 

Vacina salvando vidas

Conforme o ministério da Saúde, a vacina, conhecida como Qdenga, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante, Takeda, afirmou que tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses. Por isso, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias. No entanto, Nísia Trindade já afirmou que o país tem dois grandes laboratórios – Butantan e Fiocruz – com capacidade de produção em escala para fazer a cobertura de toda a população brasileira – “que precisa dessa vacina”, frisa Zenaide.

 

 

 

Zenaide, que também já foi secretária municipal de Saúde, ressalta a importância da vacina, considerando-a uma aliada para o Brasil a vencer o negacionismo contra a ciência e a medicina, que “custou muitas vidas” na pandemia de Covid-19. A senadora ainda lembra a necessidade de prevenção das doenças, já que o novo imunizante não protege as pessoas do Zika Vírus e da Chikungunya, por exemplo.

“Não é porque tem vacina que significa que o perigo da dengue passou, porque temos uma faixa etária que não será vacinada contra a dengue – por exemplo, a vacina é destinada a pessoas de quatro anos a 60 anos de idade. Grávidas e pessoas imunodeprimidas não poderão se vacinar de dengue”, assinala.

 

Segurança e eficácia comprovadas

Segundo o ministério da Saúde, a segurança e a eficácia da vacina foram comprovadas por meio de dados técnicos e científicos. O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses e a Qdenga, apresentou nos ensaios clínicos, ter eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose.

Ainda segundo a pasta, a incorporação do imunizante foi analisada de forma célere pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) e passou por todas as avaliações da comissão que recomendou a incorporação.

 “A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Para avaliação de eficácia, imunogenicidade e segurança da vacina Qdenga, ao todo, 18 estudos clínicos (sete estudos de fase 3, seis estudos de fase 2 e cinco estudos de fase 1 com cerca de 27.000 participantes de regiões endêmicas e não endêmicas de dengue, cobrindo uma faixa etária de 1,5 a 60 anos, foram conduzidos”, declarou o ministério da saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até junho de 2023, ocorreram 2.162.214 de casos e 974 mortes por dengue no mundo. Em 2022, foram notificados 2.803.096 casos de dengue na Região das Américas, sendo a maior parte deles no Brasil (2.383.001), que também liderou a ocorrência de formas graves, juntamente com a Colômbia.

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