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10/07/2024

Com relatório de Zenaide, Senado aprova suspensão de pagamento de dívidas de aposentados afetados por calamidade no RS

Zenaide Maia (PSD-RN) deu parecer favorável a projeto de Paulo Paim (PT-RS) em favor da população gaúcha. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Com relatório favorável da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), o Senado Federal aprovou o projeto de lei que concede o direito de suspender, por 180 dias, o pagamento de dívidas de crédito consignado para aposentados e pensionistas afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Em reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta-feira (10), o PL 1.815/2024, do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado em dois turnos e vai à Câmara dos Deputados.

Ao modificar a Lei 10.820, de 2003 e a Lei 14.509, de 2022, a proposta dá a aposentados e pensionistas gaúchos o direito a postergar, por seis meses, o pagamento das parcelas do crédito consignado. Segundo o projeto, a regra valerá também para os contratos feitos durante a vigência do estado de calamidade pública no estado.

O direito de suspensão do pagamento foi estendido às pessoas que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou são beneficiárias de outros programas federais, como o Bolsa Família, e que também fizeram empréstimos consignados.

“Para as instituições financeiras, essa suspensão não resultará em grandes perdas. Mas, para a pessoa que recebe R$ 600 mensais e vive na linha da pobreza, qualquer valor a mais durante esse momento difícil fará muita diferença”, afirmou Zenaide na reunião.

Reconstruir a vida

A proposta estabelece que as prestações suspensas serão convertidas em parcelas extras nos meses seguintes à data de vencimento do que seria a última cobrança. O texto também veda a aplicação de multas e juros sobre a suspensão da dívida, bem como a inscrição em cadastros de inadimplentes e a apreensão de veículos financiados.

“Possibilitar aos aposentados e pensionistas a suspensão do pagamento das obrigações de operações de créditos consignados em benefícios previdenciários contribuirá para que eles possam reestruturar-se de forma mais rápida, uma vez que terão maior disponibilidade financeira para fazer frente à reconstrução de suas vidas”, afirma Paim na justificativa do projeto.

O Rio Grande do Sul foi atingido por intensas chuvas no primeiro semestre do ano, o que levou à decretação de estado de calamidade pública em 7 de maio de 2024. Em razão das cheias dos rios, milhões de pessoas em centenas de municípios do estado foram afetadas de alguma maneira pela crise.

(Com informações da Agência Senado)

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