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Agosto Dourado: Procuradora da Mulher e médica, Zenaide incentiva aleitamento materno

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Procuradora Especial da Mulher no Senado Federal e médica com 30 anos de atuação na rede pública de saúde, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) soma esforços junto ao ministério da Saúde no Agosto Dourado, campanha nacional de conscientização que incentiva o aleitamento materno e destaca a importância de estimular a amamentação, principalmente, nos primeiros meses de vida do bebê. O aumento das taxas de aleitamento materno no Brasil é uma indicação da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Além do lado humano de manter o bebê junto da mãe, criando esse vínculo de amor e proteção, há o fortalecimento da saúde e da imunidade desse recém-nascido. Nas primeiras horas após o parto, na primeira amamentação, já sai o colostro, aquela aguinha que ainda não tem a cor do leite. No colostro a mãe está transferindo à criança todos os anticorpos que ela já tem de defesa formados no próprio corpo. Isso é uma coisa muito grande em termos de salvar vidas”, afirma Zenaide.

Segundo o ministério da Saúde, a amamentação é o único fator que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em torno de seis milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. De acordo com esses órgãos, o aleitamento materno protege a criança de inúmeras doenças, diminuindo a ocorrência de diarreias, afecções perinatais e infecções respiratórias, principais causas de morte de recém-nascidos.

Zenaide enfatiza ser a amamentação essencial tanto para o bebê quando nasce quanto para a mãe, contribuindo por oferecer vantagens nutricionais e anticorpos, o que favorece a imunização e a estrutura de defesa do organismo do bebê. O ministério da Saúde declara que a amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da morbimortalidade infantil, com grande impacto na saúde da criança. Ao mesmo tempo, a prática traz inúmeros benefícios para a saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e de ovário.

“Gente, informação é poder! Amamentar o seu filho até um ano de idade é de uma importância fundamental! Uma criança amamentada dificilmente vai ser obesa. A amamentação previne até a obesidade, fora todas as outras patologias. O leite materno é um alimento perfeito, um remédio para prevenir muitas doenças ao longo de toda a vida do ser humano”, frisa a parlamentar.

Alimento de ouro

A cor dourada da campanha do Agosto Dourado, instituída pela Lei Federal 13.345/2017 no Brasil, foi estabelecida pela OMS, que considera o leite materno um “alimento de ouro”. De acordo com o ministério da Saúde, a hora de ouro (“golden hour”) é a primeira hora da mãe com o recém-nascido. Com o intuito de possibilitar o contato da mãe com o bebê imediatamente após o parto, este momento promove a continuação do vínculo que começou durante a gestação e ajuda o bebê na transição do útero para o ambiente externo.

Além de reforçar a relevância da construção desse laço de afeto e cuidado para o bem-estar do bebê, Zenaide ressalta a necessidade de vacinação das crianças para protegê-las de doenças que podem matar ou deixar sequelas graves por toda a vida.

“A amamentação é uma relação muito íntima da mãe com o seu filho. O fato de se botar a criança na hora que nasce junto da mãe já é um vínculo criado, e a criança já reconhece o próprio cheiro da sua mãe, o olhar se comunica. Mães, é preciso amamentar e vacinar também. Vacinas salvam vidas”, alerta a senadora.

Bancos de leite

Em esforço de conscientização e de promoção de melhores práticas, Zenaide reforça as iniciativas de mobilização social em prol do preenchimento dos estoques de bancos de leite. Esses espaços são responsáveis por auxiliar mães que, por questões de saúde, não podem amamentar seus bebês.

“Um bebê que nasce prematuro,  muitas vezes a mãe não tem como amamentar. Há casos de bebê que nasce e vai para o berçário, mas a mãe tem que continuar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Há casos em que a mãe precisa de tomar remédios antibióticos que vão para o leite e não podem passar para a criança. Chamo atenção de que essencial que as mulheres sejam solidárias entre si, que doem seu excesso de leite para os bancos de leite, gente! Façam de tudo para doar! É salvar vidas de crianças que dependem disso”, conclama a senadora.

A parlamentar também cobra do poder público que ofereça condições de funcionamento e operação a esses bancos: “Os bancos de leite precisam estar equipados e com transporte garantido, porque quem precisa ir recolher o leite na casa da doadora é o estado brasileiro, seja ele em nível municipal, estadual ou federal”.

Nesse sentido, para garantir acesso em saúde, o ministério da Saúde anunciou estar investindo R$ 4,8 bilhões na construção de 36 novas maternidades e 30 novos Centros de Parto Normal. Todas as unidades terão salas de amamentação. As obras são custeadas com recursos do Novo PAC Saúde e vão beneficiar cerca de 30 milhões de mulheres.

Projeto de Zenaide aprovado

Foi aprovado no Senado em abril deste ano, e seguiu para análise da Câmara dos Deputados, projeto de lei (PL 2846/2021) de Zenaide garantindo o direito de mães e bebês à amamentação. Maternidades, hospitais e locais de atenção à saúde de gestantes deverão garantir esse direito da lactante e do bebê, exceto por razões de saúde.

“Estou em campo no convencimento político dos deputados e deputadas federais para aprovarem esta minha proposta. Essa vitória da saúde de mães e bebês precisa o quanto antes virar lei no país. Ações autoritárias de separar filhos e mães não podem ser justificadas pelas carências e fragilidades da mulher. Essa prática incide principalmente sobre as mulheres negras e pobres. O trauma pode agravar risco e a integridade física e psíquica de mães e recém-nascidos”, destaca Zenaide.

Meta nacional

O ministério da Saúde está trabalhando para lançar o novo Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Unindo gestão pública e conhecimento científico e considerando ao atendimento à população mais vulnerável, a pasta reforçará os princípios da amamentação como direito humano, do acesso universal à saúde, da equidade em saúde, da integralidade do cuidado e da humanização da atenção em saúde em todo o país.

A meta estabelecida pela OMS é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. E a expectativa é que esse índice, até 2030, chegue a 70%.

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